BIENAL INTERNACIONAL DE DANÇA DO CEARÁ

- SEMINÁRIO TEPe -

5 a 14 de Março 2021

Se a cidade se define em termos de tamanho, densidade e heterogeneidade ela advém essencialmente de um "teatro de ação social". Um “teatro” onde é possível encontrar o outro, o estrangeiro. Quando esse outro ganha a invisibilidade que deriva da escala (os vírus são invisíveis porque demasiado pequenos a olho nu), a cidade passa a comportar novas zonas de ameaça. 

Hoje, por todo o mundo, a pandemia do COVID veio acentuar as marcas de ameaça: a infecção alastra, não apenas em termos de saúde pública, mas também em termos das respostas dos poderes políticos e de circulação de (des)informação. No horizonte permanece a questão das alterações climáticas, com o aquecimento global, a predação exponencial do planeta segundo a lógica capitalista, a liquidação das espécies e, também, do lado dos humanos, o aumento das desigualdades sociais e económicas.

O simples ato de caminhar pela cidade torna-se crítico na medida em que se realiza numa zona repleta de compromissos e de ameaças. Aos múltiplos perigos que se colocam ao caminhante, pode este responder recuperando a caminhada como ação performativa de refundação da cidade. Neste caso, a paisagem urbana surge desmultiplicada por camadas: da memória que cada lugar conserva (ou esconde) até à miríade de convocações sensoriais sobre um corpo-que-caminha. E mesmo quando esse corpo ressoa à distância sobre outros corpos, cada qual no seu casulo situado numa rede urbana, é ainda a possibilidade de caminhada que se desenha nesses intermináveis segmentos de ligação: a possibilidade do reencontro, do abraço.

O seminário organizado sob a égide do TEPe (projeto de diálogo e cooperação entre dois grupos de pesquisadores brasileiros e portugueses) – que a Bienal do Internacional de Dança do Ceará generosamente acolhe - propõe assim um debate em torno dessas questões e inquietações.

São múltiplos os percursos e as derivas para ensaiar zonas de resistência e de denúncia. É certo que o caminho se faz caminhando, mas poderemos sempre interrogar-nos: como continuar dançando, como continuar fazendo arte, como continuar na cidade? Enfim: como continuar?

Todos os dias, durante dez dias, à mesma hora, entre 5 e 14 de março de 2021. 

Daniel Tércio

SEXTA 5 DE MARÇO

CONVERSA ENTRE ANA GODINHO E JOSÉ GIL 
Pandemia e alterações climáticas (conversa)

 

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A conversa partirá respectivamente de dois pontos de vista: - A pandemia veio reactivar e precisar um medo existencial que se vinha anunciando em múltiplos meios de comunicação: O medo de uma catástrofe global. Assim se tece uma rede entre pandemia e alterações climáticas. Um outro aspecto a desenvolver é a especificidade da catástrofe climática relativamente a outros tipos de catástrofe; - A necessidade de abertura para o problema das alterações climáticas e da sua relação directa à nossa própria vida torna-se vital, concreta e efectiva. E, porque já não se trata de um pressentimento vago, mas de um acontecimento claro, presente e intolerável, as não respostas não são legítimas e exigem-nos a todos uma apreensão mais crítica do mundo. A conversa desenvolver-se-á com as posições retomadas e comentadas de um pelo outro

 

Duração:

40 minutos + 20 minutos de conversa com o público

 

Moderação: 

Daniel Tércio. 

 

Autoria: 

Ana Godinho

José Gil

 

Notas Biográficas:

Ana Godinho é Professora de Filosofia (Estética) e investigadora integrada do Instituto de Filosofia da Nova (IFILNOVA, NOVA FCSH). Entre outros estudos, é autora de Linhas do Estilo: Estética e Ontologia em Gilles Deleuze (Relógio d'Água, 2007); com José Gil, Humor e Lógica dos Objectos em Duchamp (Relógio d’Água, 2011). Entre 2005 e 2009 foi Professora convidada no MA de Visual Arts/Intermédia, na Universidade de Évora, e no Mestrado em Estudos do espaço e do Habitar em Arquitectura, na Faculdade de Arquitectura, entre 2007 e 2008.

José Gil: Filósofo e pensador português.

Após ser professor de Filosofia num liceu, funções que manteve até 1973, com passagens por Vincennes e pela Córsega, foi coordenador do Departamento de Psicanálise e Filosofia da Universidade de Paris VIII. 

Em 1976 José Gil regressou a Portugal para ser adjunto do Secretário de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica. Cinco anos mais tarde instalou-se definitivamente em Portugal quando passou a ser professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Leccionou Estética e Filosofia Contemporânea. Paralelamente deu aulas no Colégio Internacional de Filosofia, de Paris, numa escola em Amesterdão, na Holanda, e na Universidade São Paulo, no Brasil. Orientou também vários seminários em Porto Alegre, no Brasil, e participou em congressos de Filosofia nos Estados Unidos da América. Publicou diversos artigos e ensaios científicos em revistas e enciclopédias de todo o mundo, destacando-se nas suas preferências a reflexão sobre o corpo.
Em Janeiro de 2005 a conceituada revista francesa Le Nouvel Observateur integrou José Gil no grupo dos 25 grandes pensadores do mundo

SÁBADO 6 DE MARÇO

BANCO DE ABRAÇOS: MULHERES QUE ENSAIAM ZONAS DE RESISTÊNCIA

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O ato de resistir persiste no corpo, na respiração, no desejo. Resistimos como ato de sobrevivência, como ao caminhar pela rua numa coreografia urbana de corpos que não se tocam. A pandemia nos exige uma distância física segura. Pensamos naqueles que amamos e não podemos abraçar. E naqueles que ainda não amamos... As novas relações têm pouco espaço neste tempo. Pela sobrevivência, resistimos ao abraço e sentimos o desejo. 

Propomos um banco de abraços para eventuais emergências. Partindo deste gesto, queremos questionar novas resistências e resistências soterradas, novos afetos e afetos esvaziados.

Duração: 

30 minutos + 30 minutos de conversa com o público

 

Moderação: 

Próprio grupo e Paulo Caldas 

 

Autoria: 

Catarina Canelas

Cecília de Lima

Ivani Santana

Patrícia Caetano

Sofia Soromenho

Thaís Gonçalves

Thembi Rosa

  • convidados que enviaram os Abraços 
  • David Leão (Edição e Apoio Técnico) 

 

Notas Biográficas:

Grupo:

As artistas desta proposta integram o TEPe e neste momento de distanciamento social decidiram formar um grupo para criarem um Banco de Abraços durante o seminário TEPe na Bienal de Dança do Ceará 2020. Estão em cidades e países diferentes, Brasil e Portugal, e ao compartilharem questões comuns acerca das restrições inéditas que vivenciamos neste período, decidiram-se por uma ação coletiva, e aberta aos que queiram compartilhar abraços. 

 

Catarina Canelas

Investigadora Júnior do INET-md - pólo FMH, na área de desenvolvimento da Terpsicore - Base de Dados de Dança e Artes Performativas, desde Outubro de 2017. Licenciada em Política Social, pelo ISCSP-UL, e em Dança pela FMH-UL. Entre 2002 e 2015, trabalhou em desenvolvimento comunitário em  ONGs, da área social e cultural, maioritariamente em intervenção com crianças e adolescentes em situação de risco e  avaliação de projectos. Actualmente frequenta o mestrado em Política Social.

 

Cecília de Lima

Após vários anos trabalhando como coreógrafa e bailarina em diversos países da Europa, completou o Grau de Doutoramento em 2017 e presentemente é Professora da Universidade de Lisboa - Faculdade de Motricidade Humana.

www.ceciliadelima.com

 

Ivani Santana

Professora Titular do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos da Universidade Federal da Bahia, Brasil. Artista e pesquisadora no campo da dança com mediação tecnológica, sendo pioneira no Brasil no desenvolvimento da dança telemática.

Foi contemplada pela CAPES com bolsa de Professora Visitante entre 2018 e 2019, em Vancouver, Canadá, período em que realizou uma pesquisa interdisciplinar entre Simon Fraser University e a University of British Columbia, na qual contou com supervisão do filósofo Dr. Evan Thompson. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas: corpoaudiovisual e participante da conexão "Mulheres da Improvisação".

Mestre e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC SP. Realizou pós doutorado no Sonic Arts Research Centre (Reino Unido, 2012/2013).

 https://dance-cognition-technology.tumblr.com/

 

Patrícia Caetano

Pesquisadora e professora dos Cursos de Graduação em Dança e do Programa de Pós-graduação em Artes (PPGArtes) do Instituto de Cultura e Arte (ICA) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutora em Artes Cênicas (UFBA) e Educadora do Movimento Somático pela The School for Body Mind Centering™. Coordena o Laboratório Abrigos Sensíveis (LAS / UFC), compõe o coletivo Antropofagias Contemporâneas: saberes do corpo nas espirais do tempo, como também a equipe do projeto Technologically Expanded Performance (TEPe). 

 

Sofia Soromenho

Mestrado em Performance Artística/Dança pela FMH. Bolseira (BGCT) no INET-md desde 2019. Colabora com o Jornal de Letras como crítica de Dança desde 2013. Foi docente na ESTAL (2012-17) onde leccionou diferentes disciplinas do corpo e criação. No seu percurso como bailarina trabalhou com diversos coreógrafos independentes e entre 2012 e 2017 foi intérprete da CIM em Edge. Como coreógrafa destaca 2º Parágrafo. Colabora com artistas plásticos na área da performance nomeadamente com Fiumani.

 

Thaís Gonçalves

Doutora em Dança pela ULisboa (Portugal) e em Artes da Cena pela UNICAMP, onde também graduou-se em Dança. Professora adjunta dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Dança do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC). Pesquisadora colaboradora do Instituto de Etnomusicologia Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) pela Faculdade de Motricidade Humana da ULisboa, compondo equipe do projeto Technologically Expanded Performance (TEPe), em parceria com os cursos de Dança da UFC.

 

Thembi Rosa

Artista, coreógrafa e produtora. Atua na dança, artes digitais e intervenção urbana. Doutora em Artes pela Escola de Belas Artes/UFMG (2020), bolsista PROEX/Capes; Mestre em dança pela UFBA (2010). Integra o Dança Multiplex e a CasaManga em Belo Horizonte, MG, Brasil, os seus trabalhos foram co-produzidos pelo FID-BH; Rumos Dança Itaú Cultural; Prêmio Funarte Klauss Vianna, SESC; dentre outros. Com Scott deLahunta realizou o Motion Bank Lab Brazil (2019) e o Choreographic Coding Lab, CCL7 (2016).     

https://cargocollective.com/multiplex 

 

DOMINGO 7 DE MARÇO

[IN]SUBMERSAS

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 [In]submersas é um convite a uma experiência imersiva e sinestésica. Criada pela conexão Mulheres da Improvisação, a instalação performativa, instaura uma imersão por salas virtuais interconectadas. A ação discute a relação entre corpo, presença e meio ambiente, em atos de criar, cultivar e conectar. Com uma fruição mediada pelas plataformas digitais e suas possibilidades e potencialidades técnicas, nos lançamos em uma experiência que coloca em pauta as singularidades e o contexto que estamos vivendo, mas também nos instiga a pensar ações coletivas possíveis para um mundo outro por vir.

Duração: 

60 minutos

 

Moderação: 

Próprio grupo

 

Autoria 

MI - Mulheres da Improvisação

 https://mulheresdaimprovis.wixsite.com/impromulheres

 

Ana Emerich

Ivani Santana

Ligia Tourinho

Líria Morays

Nara Figueiredo

Tania Marin Pez

Walmeri Ribeiro

Notas Biográficas:

 

O grupo: 

Grupo de estudos e investigação artística que, através da prática, analisa e discute os processos de improvisação para refletir sobre percepção, interação e cocriação. A conexão Mulheres da Improvisação, formada por artistas/pesquisadoras interessadas no campo da corporalidade, visualidade, sonoridade, performatividade e filosofia, se propõe a investigar os processos de improvisação em diversos contextos, sejam físicos ou virtuais, em espaços urbanos, ambientes naturais ou mediados por tecnologias

 

Ana Emerich investiga diálogos entre som, espaço e perspectivas conceituais, articulando topologias da escuta, gravação de campo, imagem, memória e imaginação política. Participa de residências artísticas e desenvolve trabalhos comissionados, apresentados em contextos expositivos, editoriais e cênicos. Bacharel em Música/Regência (UNICAMP), mestre e doutoranda em Arte e Cultura Contemporânea (UERJ). Professora na EAV Parque Lage.

www.anapaulaemerich.com

 

Ivani Santana é artista e pesquisadora em dança com atuação em projetos interdisciplinares e mediados por tecnologias digitais. Pós-doutorado na University of British Columbia/ Simon Fraser University (Canadá) e no Sonic Arts Research Centre (Reino Unido). Professora do Instituto de Ciências Humanas, Artes e Ciências Prof. Milton Santos e da Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA e PPG Dança/UFRJ.

https://dance-cognition-technology.tumblr.com/ 

 

Lígia Tourinho é Artista do movimento e coreógrafa. Professora Associada do Departamento de Arte Corporal e Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Dança da UFRJ. Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Dramaturgias do Corpo (CNPQ/UFRJ). Doutora e Mestre em Artes (UNICAMP). Bacharela em Artes Cênicas (UNICAMP). Analista do Movimento Laban/Bartenieff (CMA/LIMS/NYC). 

 

Líria Morays é artista da dança. Professora do Departamento de Artes Cênicas e do Mestrado Profissional ProfArtes (UFPB). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Radar 1- Grupo Improvisação em Dança (CNPQ/UFPB). Doutora em Artes Cênicas (PPGAC-UFBA). Mestre e Especialista em Dança-PPGDança (UFBA). Graduada em Dança (UFBA).

https://liriamorays.wixsite.com/liriamorays 

 

Nara Figueiredo é pesquisadora no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência na Universidade Estadual de Campinas (CLE-Unicamp/CNPq). Trabalha com filosofia da cognição, com foco em linguagem, corpo, teorias corporificadas da mente e enativismo linguístico.Tem formação em filosofia pela Unicamp e USP, com experiência internacional em pesquisas doutoral e pós-doutoral.

https://sites.google.com/view/naramfigueiredo

 

Tania Marin Pez - Artista uruguaia, acrobata circense, Bacharel em Letras - Artes e Mediação Cultural e Mestra em Estudos Interdisciplinares sobre América Latina pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), e cursando PHD em artes cênicas na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Dedicou seus últimos 12 anos à formação académica e à prática artística independente. Seu trabalho está focado no desenvolvimento de processos criativos em circo contemporâneo, indagando como são afetadas nossas formas de ser e nos comunicar com a chegada das tecnologias digitais (redes sociais, internet etc) e a possibilidade do usuário de se desdobrar em territórios virtuais. Tem participado em exposições teóricas em diferentes países da região tais como Uruguai, Argentina, Ecuador e Brasil.

 

Walmeri Ribeiro é artista-pesquisadora, professora da Universidade Federal Fluminense, onde coordena o Laboratório de Pesquisa em Performance, Mídia Arte e Questões Ambientais - BrisaLAB. É também professora dos Programas de Pós-Graduação em Artes PPGCA|UFF e PPGAV|EBA|UFRJ.  Pós-doutora pela Concordia University, é bolsista de pesquisa FAPERJ. Desde 2014, desenvolve o projeto de pesquisa e criação artística Territórios Sensíveis, com financiamento do Prince Claus Fund e Goethe Institut (2019|2021) e FAPERJ (2019-2022)

www.territoriossensiveis.com

SEGUNDA-FEIRA 8 DE MARÇO

SENSORIAL WALK

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No atual contexto pós-lockdown, caminhar na cidade como prática de consciencialização tem permitido redescobrir múltiplas camadas sensoriais e significativas. Esta palestra recupera uma caminhada e um encontro em Lisboa e visa activar modos de ressentir a cidade em tempos de pandemia.

Duração:

40 minutos mais 20 minutos de conversa com o público

 

Moderação:

Beatriz Cerbino 

 

Autoria: 

Ana Pais, Daniel Tércio, André Guedes 

 

Notas Biográficas: 

Ana Pais é pós-doutoranda da FCT pelo CET - FLUL, Universidade de Lisboa, dramaturga e curadora. Autora de vários livros e artigos, editou o volume Performance na Esfera Pública (Orfeu Negro, 2017) e a sua versão ebook em inglês Performance in The Public Sphere, CET-Performativa, 2018) disponível em www.performativa.pt.

 

Daniel Tércio é Professor da Universidade de Lisboa, leccionando os cursos de História da Dança, Estética, Movimento e Artes Visuais. É Coordenador do programa doutoral em Motricidade Humana na especialidade de dança. Atualmente lidera o projeto Performance Tecnologicamente Expandida (https://tepe.estudiosdedanca.pt/)

 

André Guedes desenvolve uma actividade repartida entre as Artes Visuais e as Artes Performativas. Estudou Arquitetura (FA-UL), Antropologia do Espaço (FCSH-UL) e é actualmente doutorando na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa com uma bolsa de doutoramento da FCT. 

Foi artista residente no Palais de Tokyo em Paris, e na Gasworks em Londres, bolseiro do Centro Cultural Montehermoso em Vitória (Espanha), da Fundación Botín em Santander (Espanha) e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Concebeu as obras para cena ‘como rebolar alegremente sobre um vazio Exterior’ e ‘Nova, Caledónia’ em parceria com Miguel Loureiro, e ‘Aqui Também Acabou’, com a companhia de teatro Cão Solteiro. Enquanto cenógrafo, colaborou na concepção do espaço cénico de várias obras de Teatro e Dança, nomeadamente de Álvaro Correia, Miguel Loureiro, Vera Mantero, Miguel Pereira e Martine Pisani.

As suas obras de artes visuais – instalações, performances, intervenções no espaço público e projetos editoriais – conciliam a pesquisa documental com o trabalho de campo, constituindo-se como uma reflexão de caráter antropológico sobre a atividade humana na concepção do espaço e das organizações sociais e políticas. Os seus trabalhos têm sido expostos na Kunsthalle Lissabon, De Appel, Museu Calouste Gulbenkian, Museu de Serralves, Centro Cultural Montehermoso, Biennale de Rennes, Fondazione Pistoletto, Athens Biennale, Palais de Tokyo e David Roberts Art Foundation, entre outros.

Na área da curadoria foi responsável pelo programa de residências e exposições ‘A Dois’ no CENTA em 2002/2003, pela edição dos ‘Quadros de Dança’ do Núcleo de Experimentação Coreográfico em 2005, da palestra ‘Almanaque’ no contexto do Laboratório de Curadoria de Guimarães Capital da Cultura em 2012, e curador convidado da edição de 2020 do Festival Internacional de Dança Cumplicidades.

Foi distinguido com o Prémio de Artes Plásticas União Latina em 2007. 

TERÇA-FEIRA 9 DE MARÇO

TRAVESSIA

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Uma voz pronuncia “Breath!”, repetidamente, enquanto lentamente se afoga. A peça faz referência ao protesto "I can’t breath!" de George Floyd, ao tráfico esclavagista (escravagista) Atlântico, aos refugiados que tentam entrar na Europa e morrem no Mediterrâneo ou em detrimento da violência policial. À peça sonora responde um eco visual em que performers escrevem com água nomes na areia e na terra (de pessoas escravizadas, migrantes e refugiados, pessoas negras mortas pela polícia). Na praia a onda leva, no chão o sol evapora. A água faz-se símbolo de renovação, de um novo ciclo, da esperança de vida.

Duração:

30 minutos + 30 minutos conversa com convidada

 

Moderação:

Próprio grupo com convidada Mónica Cardim 

 

Autoria: 

Ana Mundim, Cesar Baio, Ivana Motta, Júnior Meireles, Rui Filipe Antunes, Thaís Gonçalves

 

Notas Biográficas:

Coletivo multidisciplinar de artistas oriundos de Brasil e Portugal, ligados ao projecto TEPe, composto por Ana Mundim, Cesar Baio, Ivana Motta, Júnior Meireles, Rui Filipe Antunes e Thaís Gonçalves. Com interesse na Dança e na Tecnologia, o grupo organiza uma ação a partir de memórias soterradas que interligam as cidades de Lisboa e Fortaleza. Rui Antunes é investigador do INET-md (Instituto de Etnomusicologia), Ana Mundim e Thaís Gonçalves são professoras da Universidade Federal do Ceará, onde Júnior Meireles é aluno, Cesar Baio é professor da Universidade Estadual de Campinas e Ivana Motta é artista da dança e mestranda em artes cênicas pela Universidade de Brasília.

QUARTA-FEIRA 10 DE MARÇO

1997|2004 Dança em Lisboa

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Em 2004, como estagiário na Bomba Suicida, comecei a colar cartazes no Bairro Alto, iniciando uma caminhada pelas ruas de Lisboa que se mantém até hoje. Meses atrás, uma bolsa do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança levou-me a revisitar algumas pessoas que conheci nos meus anos de formação. O registo das suas memórias resulta num documento sonoro sobre a dança na cidade de Lisboa entre 1997, ano em que Jocelyne Delimbeuf me introduziu na dança, e 2004, quando terminei o período académico. Em simultâneo eu, no papel de colador, afixo imagens que dialogam com a narração colectiva. 

Duração:

30 minutos + 30 minutos de conversa com o público

 

Moderação: 

Daniel Tércio

 

Autoria: 

Pedro Núñez

 

Notas Biográficas:

Pedro Núñez nasceu em 1976 em Orellana la Vieja, Badajoz. Viveu na Estremadura espanhola até à sua chegada a Lisboa com o Programa Erasmus em 1997. Bacharel em Educação Física, Licenciado em Dança, fez o Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança e é especialista em Expressão Artística e Dança. Trabalha em artes cénicas e divulgação cultural.

QUINTA-FEIRA 11 DE MARÇO

POP-UP!

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O consumo de imagens e a produção destas avançou muito com o lockdown. Tiktoks, instagram stories, zoom, todas essas mediações se tornaram mais íntimas das pessoas no mundo todo e suas linguagens também. Pop-up! é uma palestra performance em formato de vídeo que mistura informações a partir do mergulho da artista no acervo Terpsícore, base de dados buscando dialogar com essas estéticas e usos atuais da linguagem da net. Após o vídeo, a criadora está em presença para uma conversa com as pessoas participantes.

Duração: 

20 minutos mais 20 minutos de conversa

 

Moderação:

Catarina Canelas e Michele Luceac 

 

Autoria: 

Dally Schwarz

 

Notas Biográficas:

Dally Schwarz (1987) é artista visual, criadora em dança e performer. Nascida em Niterói (RJ), mora em Lisboa desde 2017 como residente temporária. Criadora da plataforma Zona Limítrofe em parceria com o artista do som Marcos Aganju realizando performances em diversos locais. No ano de 2020 apresentou 2eÍmpar no Gaivotas 6 (Lisboa), Can We Talk? no United Cowboys (Eindhoven) Tigre de Papel e no Festival Pedras’18. Sua atual criação é Ya,Walk Talk! uma performance com apoio a criação da Fundação Calouste Gulbenkian, Estúdios Victor Cordon e c.e.m- centro em movimento. 

SEXTA-FEIRA 12 DE MARÇO

INFODEMICS

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INFODEMICS é a propagação global e intencional de desinformação, incluindo notícias falsas e outros tipos secretos de coerção e controle em massa. Paralelamente à pandemia do novo coronavírus, vivemos um período infodémico, que inclui eventos disruptivos como o Brexit ou a eleição presidencial nos USA. Estes padrões de desinformação são mapeados em três dimensões:

1) uma instalação sonora online na qual 64 webradios de todo o mundo são progressivamente “infectados” por vírus digitais.

2) uma peça de arte visual ecoando os rotorreliefs do Anemic Cinema de Duchamp.

3) Uma conferência-performance

Duração:

20 minutos apresentação + 20 minutos discussão 

 

Autoria: 

Jonas Runa 

 

Moderação: 

Cecília de Lima e Paulo Caldas 

 

Notas Biográficas:

Artista, Compositor, e Investigador

As suas obras foram apresentadas no Museo Guggenheim Bilbao, na 55ª e 56ª Bienal de Veneza, no 798 Art District (Pequim), no ARoS Aarhus Kunstmuseum, na Galerie Scheffel (Frankfurt), na Logos Foundation (Ghent), no Museo de Arte Contemporáneo (Santiago do Chile), no Théâtre de la Ville (Paris), no Arnold Schoenberg Hall (Haia), na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), no Centro Cultural de Belém (Lisboa), na Casa da Música (Porto) e na Culturgest (Lisboa), entre outros.

SÁBADO 13 DE MARÇO

RESTO: no tempo, no silêncio, na escuta

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“RESTO: no tempo, no silêncio, na escuta” é inspirado no livro “As cidades invisíveis” de Calvino, e dirigido por Daniela Guimarães para os improvisadores do Grupo de pesquisa Corpolumen (UFBA). A obra é criada via Zoom pautada na pesquisa de criação de um filme em tempo-real, e não em uma obra cênica para a tela. RESTO: ação de seguir vivo. RESTO: aquilo que sobra em mim ou uma parte de quem eu era. A casa é a cidade agora. Histórias íntimas constroem coreograficamente e geograficamente os corpos. A simplicidade é a escuta comum entre os caminhantes, que em seu convívio na tela, unem memórias, realidades e sonhos. Talvez, esteja aí, no simples, a possibilidade de novos discursos, de outros movimentos, de outros corpos e danças que restem, resistentes em poesia e luta.

“RESTO: no tempo, no silêncio, na escuta” é inspirado no conto “As cidades e os símbolos” do livro “As cidades invisíveis” do escritor Ítalo Calvino (1990), dirigido por Daniela Guimarães, Salvador – BA. 

É uma criação realizada em tempo-real, via plataforma Zoom, um acontecimento com duração de 30 a 40 min, pautado na perspectiva de pesquisa de criação de um filme em tempo-real, e não em uma obra cênica para a tela. 

A poética proposta para Bienal 2020 tem como ignição a investigação em curso do Grupo de pesquisa Corpolumen (UFBA/BR) junto ao Projeto TEPe (Tecnologgy Expanded Performance) com coordenação de Daniel Tércio e Jonas Runa (Portugal) e Leonel Brum (Brasil). O TEPe explora os cruzamentos bidireccionais entre arte e tecno-ciência, a partir do conceito agregador de performance, sobre dois vetores principais: investigação de sonoridades, e pesquisa e criação de micro-paisagens. Vectores que se cruzam em duas escalas - a do corpo e a da cidade - potencializadas através da investigação artística e tecnológica. 

“RESTO: no tempo, no silêncio, na escuta” tem como referência espaço-imagética a obra do artista americano Gordon Matta-Clark (1943 – 1978) e como referência performática a coreógrafa londrina Siobban Davies e o artista visual e performer americano William Pope. A paisagem sonora da obra está construída a partir do banco de sonoridades do Projeto TEPe capturadas na residência Lisboa 2019, unida e mesclada ao trabalho de 03 músicos ao vivo.

Duração 

30 a 40 minutos seguidos de 20 minutos de conversa 

 

Moderação:

Paulo Caldas e Leonel Brum

 

Autoria:

Concepção e Direção:

Daniela Guimarães (MG/BA)

 

Ignição:

Temática corpo/ cidade/ sonoridades/ micro- paisagens do Projeto TEPe (Tecnologgy Expanded Performance) com coordenação de Daniel Tércio e Jonas Runa (Portugal) e Leonel Brum (Brasil)

 

Performers:

Ana Brandão (SP/BA), Ana Lu Geraldini (SP/BA), Artur Braúna (DF), Benin Ortiz (BA), Gabriela Holanda (PE), Henrique Barsali (SP), Hiago Ruan (BA),Iara Costa (PB),  Ivna Messina (ES), Jéssica Fadul (SP), José Jara (MS), Leo Dariva (ES), Leonardo Luz (BA), Luiz Crepaldi, (SP), Luíza Drupat (DF),  Marcela Aragão (PE), Mariana Batista (PR), Paula Sacur (Chile)

 

Músicos ao vivo:

Helinho Medeiros (PB), Lucas de Gal (BA), Wilton Batata (BA).

 

Paisagem Sonora: 

Construída a partir do banco de sonoridades do Projeto TEPe capturadas na residência Lisboa 2019 e mixagem realizada pelos músicos

 

Colaboração Criativa Audiovisual:

Llano

 

Imagens:

Daniela Guimarães, Llano e dos estudantes/ pesquisadores Ana Lu Geraldini, Artur Braúna, Benin Ortiz, Christian Lacerda, Fernanda Ricci, Gabriela Holanda, Henrique Barsali, Iara Costa, Jéssica Fadul, José Jara, Leo Dariva, Luiz Crepaldi, Marcela Aragão desenvolvidas no Laboratório de Criação Fílmica/Corpolumen e imagens de arquivo do ImproLab-Corpolumen

 

Colaboração TEPe:

Rui Filipe Antunes

 

Grupo de pesquisa Corpolumen: redes de estudos de corpo, imagem e criação em Dança (UFBA/BA)

 

Notas Biográficas:

Daniela Guimarães é artista, improvisadora, coreógrafa, cineasta e professora efetiva da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA).Professora Permanente do PPGDANÇA /UFBA. Professora Permanente do PRODAN - Mestrado Profissional em Dança. Lidera,  desde 2018, o Grupo de Pesquisa CORPOLUMEN: Redes de estudos de corpo, imagem e criação em Dança (UFBA), onde é responsável pelas linhas Improvisação Cênica em tempo-real e Criação Fílmica: relações entre Dança, Fotografia, Cinema e Vídeo. Diretora do GDC – Grupo de Dança Contemporânea da UFBA nas edições 2017/18/19 com a “Trilogia do sonhar”. DFoi diretora da Cia Ormeo/Minas Gerais/Brasil (2003/2013). Atua principalmente nos seguintes segmentos: Interação de linguagens cênicas; Criação Cinematográfica em Dança, Corpo e Composição e Improvisação como linguagem cênica. Para a Bienal, o Corpolumen convidou 25 artistas improvisadores da dança e da música de todo o Brasil, que já vem colaborando com o grupo ou com a artista, para a criação de “RESTO: no tempo, no silêncio, na escuta”. A obra desenvolvida para a Bienal é um dos desdobramentos da investigação em curso do Grupo de pesquisa Corpolumen (UFBA/BR) junto ao Projeto TEPe (Technologically Expanded Performance) com coordenação de Daniel Tércio e Jonas Runa (Portugal) e Leonel Brum (Brasil).

DOMINGO 14 DE MARÇO

DANÇA COMO ÁRVORE

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Dançar como árvore é uma proposta de ação do projeto Temporal – encontros de improvisação e composição em tempo real, articulada com o Projeto TEPe (Tecnologgy Expanded Performance), o Grupo de Pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço (Cursos de Dança UFC) e o Bando – grupo de estudos em improvisação. Inspirada no livro Pensar como árvore, de Jacques Tassin, e sensibilizados pelos desastres sociais, ecológicos e sanitários, nos colocamos em questão: como reacendermos nosso corpo-árvore para tornar a sensibilizar nossa atuação coletiva no mundo? A ação proposta convida artistas a caminharem em suas cidades, plantarem seu corpo-árvore em um local sem arborização e dançarem.

Duração: 

60 minutos

 

Moderação: 

Daniela Guimarães 

 

Autoria: 

Ana Carolina Mundim, Ivana Motta, Kiran Gorki, Barbara Santos, Vi Laraia, Líria Morays, Alysson Amâncio, Mariana Pimentel, Suellen Rocha, Saul Rodrigues, Marcelina Acácio, Dayana Vieira, Juliane Queiroz, Francisco Carlos Filho, Fabrício dos Santos Almeida, Jota Júnior.    

 

Notas Biográficas:

O Grupo Dramaturgia do Corpoespaço, vinculado aos cursos de Dança da UFC, e coordenado pelo Grupo de Pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço, se debruça sobre estudo de improvisação e composição em tempo real em dança, pensando no corpoespaço como unidade i(material). O Bando – grupo de estudos em improvisação é um amontoado de pesquisadores, artistes e improvisadores que foram se aglutinando na ocasião do isolamento social devido ao coronavírus, para compartilhar questões, práticas, entendimentos e delírios sobre improvisação em dança e a vida.

 

Ana Mundim

Multiartista: bailarina, fotógrafa, atriz, escritora, dj. Curiosa e irrequieta. Amante do movimento, da natureza e dos encontros. Realizou estágio Pós Doutoral em Artes pela Universitát de Barcelona. Docente dos cursos de Graduação em Dança da Universidade Federal do Ceará. Publicou diversos artigos e os seguintes livros: Dramaturgia do corpo-espaço e territorialidade; Danças brasileiras contemporâneas: um caleidoscópio; Corpos em quatro atos; Mapas e percursos, estudos de cena; Múltiplos olhares sobre processos descoloniais nas Artes Cênicas; Abordagens sobre improvisação na dança contemporânea; Safety Distance (fotolivro – ebook). Coordena o grupo de pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço e organiza o projeto de extensão Temporal - encontros de improvisação e composição em tempo real. Desde 2016 tem colaborado com o grupo de pesquisa Data Science for the Digital Society (Universitát Ramon Llul / CERN), desenvolvendo uma pesquisa na interação entre Arte e Ciência. Integrou e produziu diversos espetáculos e videodanças, sendo Matagal e Deep seus espetáculos mais recentes e Animais me percebem, paisagem me escuta, a última produção em videdança.             

 

Alysson Amancio  

Artista da Dança de Juazeiro do Norte.  Doutor em Artes pela UERJ. Professor Efetivo da URCA.  Fundador da Associação Dança Cariri. Diretor e Curador da Semana Dança Cariri. Criador da/na Cia Alysson Amancio.                                                                                                                                                                                                                                         

Bárbara Santos 

Artista da dança, docente e pesquisadora é professora efetiva do curso de Licenciatura em Dança da UFPB e doutoranda pelo PPGAC da UNIRIO. Se interessa pelos estudos do corpo, práticas somáticas, improvisação, composição em tempo real, performance e práticas integrativas. Integra os grupos de pesquisa NepCênico/UFPB, GIPE-CORPO/ UFBA  e Práticas Performativas/ UNIRIO.       

 

Carlos Filho  

Graduando em Dança (Licenciatura) pela Universidade Federal do Ceará, cursando o 4° semestre. Atualmente é bolsista do Projeto Improvisa, que atua como projeto de extensão dos cursos de dança (Licenciatura e Bacharelado) e participa ativamente do Grupo de Pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço. 

 

Daniela Guimarães  

É artista, improvisadora, coreógrafa, cineasta e professora efetiva da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA).Professora do PPGDANÇA /UFBA e do PRODAN - Mestrado Profissional em Dança. Lidera,  desde 2018, o Grupo de Pesquisa CORPOLUMEN: Redes de estudos de corpo, imagem e criação em Dança (UFBA), responsável pelas linhas Improvisação Cênica em tempo-real e Criação Fílmica: relações entre Dança, Fotografia, Cinema e Vídeo. Diretora do GDC – Grupo de Dança Contemporânea da UFBA - 2017/18/19 com a “Trilogia do sonhar”. 

 

Dayana Vieira 

Graduanda em Dança Bacharelado pela Universidade Federal do Ceará. Investigadora na dança Twerk e no Grupo de Pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço.           

 

Fabrício dos Santos     

Estudante do curso de dança bacharelado/UFC. Atualmente atua no meio dos grupos covers de kpop em Fortaleza, especificamente no grupo rainbow+ e participa ativamente do Grupo de Pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço. 

 

Ivana Motta 

Artista, educadora da dança e gestora cultural. Desenvolve pesquisas sobre corpo/corpa, decolonialidade, epistemologias negras, processos de criação e educação em dança. Mestranda em Artes Cênicas pelo PPG CEN da Universidade de Brasília (UnB). Integrante do Ajuntamento Artístico Abrindo a Sala (DF). 

 

Jota Júnior

É ator, performer, produtor cultural e integrante do Grupo Pavilhão da Magnólia desde 2012. Colabora na produção independente de artistas da Dança de Fortaleza. É graduando em Teatro pela UFC. Através do ‘Projeto Coró’, pesquisa diálogos acerca de memórias, identidades e apagamentos dos povos originários no Ceará.      

 

Juliane Queiroz   

Mestra em Educação, especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional, graduada em Pedagogia, essas três formações pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), e graduanda (licenciatura) em Dança pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisadora do grupo de pesquisa Investigações em Arte, Ensino e História (Iarteh) da UECE. Participa do grupo de pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço; do Areia: invenções interculturais em dança da UFC e do Bando: grupo de estudos sobre improvisação em dança. 

 

Kiran Gorki  

É artista do corpo, pesquisador e docente. Mestre e doutorando do PPGDança/UFBA, investiga a interface entre improvisação em dança, práticas somáticas e cognição corpórea.

  

Líria Morays 

É artista da dança. Dr.ª em Artes Cênicas PPGAC -UFBA, Mestre e Especialista em Dança - Ppgdança- UFBA.Prof.ª do Depart.º de Artes Cênicas e do Mestrado ProfArtes-UFPB. Coordenadora do Radar 1- Grupo de Improvisação em Dança.  

 

Mariana Pimentel           

É artista da dança, curadora, gestora e produtora cultural. Investiga práticas colaborativas no sistema produtivo da dança e seus trabalhos autorais tratam de tensões políticas entre corpo, espaço, identidades e noções de coletividade, sendo apresentados em Portugal, França, Suécia, Áustria, Itália e Brasil. Foi bolsista do programa Danceweb 2011/ Festival Impulstanz/ Viena, Áustria.        

 

Marcelina Acácio

É estudante de Licenciatura em Teatro, atriz, poeta, performer e produtora cultural. Autora do livro De Vento em Poesia. 

 

Saul Rodrigues       

Graduando do curso de Dança-bacharelado da Universidade Federal do Ceará (UFC); integrante dos grupos de pesquisa Dramaturgia do Corpoespaço  e Sonoridades Múltiplas, vinculados à UFC.          

 

Suellen Rocha    

É estudante do Curso de Dança - Licenciatura/UFC. Atualmente é bolsista do Projeto de Extensão IX Temporal. Atua na área de Improvisação em dança (desde 2019) e pesquisa formas de produção de eventos independentes durante a pandemia.     

 

Vi Laraia           

É artista, psicóloga, intérprete-criadora, pesquisadora, produtora e gestora no Coletivo Lugar Comum (PE). Atua com abordagens corporais e de dança como contato-improvisação, movimento autêntico, performance, criação em tempo real e improviso.