Ações na Rua / Street action
Re-Floresta Walk
[PT]
Um convite a naturalização do convívio entre plantas e pessoas, tendo o deslocamento e a dança como principais elementos ativadores da ação. Uma caminhada impulsionada pelos (des)compassos cotidianos, que atravessa a malha urbana riscando na paisagem outras composições possíveis, entre o balanço dos corpos-plantas e suas arquiteturas inventadas. Na pausa, a celebração, a escrita que faz imaginar outros mundos, forma Manifesto e cuidado de si.
A intervenção urbana Re-floresta consiste em uma caminhada coletiva pela cidade de Lisboa, em um trajeto previamente definido através do qual os participantes são convidados a levar um vaso de planta da sua casa para passear junto ao grupo. Dessa forma, a performance terá início assim que cada participante sair de casa em direção ao ponto de encontro.
Assim que todos encontrarem as guias no local indicado e as plantas se conhecerem, instruções para a performance serão compartilhadas e o coletivo começará seu deslocamento pelas ruas próximas ao local de realização da conferência.
Ao longo do trajeto, proposições coreográficas serão indicadas, promovendo a interação entre os corpos e as plantas através de deslocamentos que refletem movimentos conhecidos na Natureza: cardume, ondas do mar, fila de formigas etc. A indicação será sempre voltada para a organização dos corpos como se fossem plantas, que se conectam através das raízes, da terra, do vento, do pólen, a partir de uma arquitetura cooperativa (Mancuso), capaz de se adaptar às adversidades da cidade e aos desafios que certamente surgirão ao longo do caminho.
O trajeto terá uma duração de aproximadamente uma hora podendo se estender a depender das soluções encontradas pelo corpo coletivo e das relações que forem estabelecidas com a paisagem urbana durante o deslocamento.
O destino final é a praça em frente ao Convento de São Pedro de Alcântara, onde todos serão convidados a celebrar com suas plantas outras realidades possíveis ao som de músicas brasileiras que dialogam com o tema, em uma playlist organizada especialmente para ocasião
Concomitante a festa, o público e os participantes serão convidados a compor uma grande teia/varal, onde serão colocados papéis com pregadores, contendo possíveis ações/soluções que possam nos ajudar a encontrar saídas para apaziguar a crise climática. Para essa ação haverá megafones e círculos no chão, representando as caixas que os feirantes costumam usar para fazer suas ofertas em um lugar de destaque. Todos serão convidados a propor sugestões. Ao final, o material será recolhido e um manifesto será criado para ser divulgado em diferentes plataformas.
E ainda, como parte da celebração/manifesto, haverá uma feira de adoção de sementes e mudas, através da qual será oferecido ao público a possibilidade de adotar sua futura planta, a partir da escolha de espécies endêmicas da região.
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[EN]
Re-Forest Walk
An invitation to naturalize the coexistence between plants and people, with displacement and dance as the main activating elements of the action. A walk driven by the daily (un)paced, that crosses the urban mesh scratching in the landscape other possible compositions, between the balance of the plant-bodies and their invented architectures. In the pause, the celebration, the writing that makes you imagine other worlds, forms manifest and care of self.
The urban intervention Re-forest consists of a collective walk through the city of Lisbon, in a previously defined path through which the participants are invited to take a plant pot from their home to walk together with the group. Therefore, the performance will start as soon as each participant leaves home towards the meeting point.
As soon as everyone meets at the indicated place and the plants get to know each other, instructions for the performance will be shared and the collective will begin its displacement through the streets close to the place where the conference will take place.
Along the way, choreographic propositions will be indicated, promoting the interaction between the bodies and the plants through displacements that reflect movements known in Nature: shoals, sea waves, ants’ row etc. The indication will always be focused on the organization of the bodies as if they were plants, which connect through roots, earth, wind, pollen, from a cooperative architecture (Mancuso), able to adapt to the adversities of the city and the challenges that will certainly arise along the way.
The journey will last approximately one hour and may be extended depending on the solutions found by the collective body and the relationships established with the urban landscape during the displacement.
The final destination is the square in front of the Convent of São Pedro de Alcântara, where everyone will be invited to celebrate with their plants other possible realities to the sound of Brazilian music that dialogues with the theme, in a playlist organized especially for the occasion.
Concomitantly to the party, the public and the participants will be invited to compose a big web, where papers with preachers will be placed, containing possible actions/solutions that can help us find ways out to appease the climate crisis. For this action there will be megaphones and circles on the floor, representing the boxes that market traders use to make their offers in a prominent place. Everyone will be invited to propose suggestions. At the end, the material will be collected and a manifesto will be created to be disseminated on different platforms.
Also, as part of the celebration/manifesto, there will be a seed and seedling adoption fair, through which the public will be offered the possibility of adopting their future plant, from a choice of species endemic to the region.
Marília Ennes (UNICAMP/UFRJ/ParaladosanjoS)
[PT]
Artista e sonhadora. Fundadora/co-diretora da Cia ParaladosanjoS (Brasil), pesquisadora doutoranda pela Unicamp (SP) e Professora assistente do departamento de Arte Corporal da UFRJ. Seu trabalho abrange o teatro físico, visual e o circo contemporâneo. Seus projetos flertam com campos híbridos da arte, criação responsiva e polinização de ideias e práticas.
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[EN]
Marília Ennes is an artist and dreamer. Founder/co-director of Cia ParaladosanjoS (Brazil), doctoral researcher at Unicamp (SP) and Assistant Professor at the department of Body Art at UFRJ. Her work encompasses physical and visual theatre and contemporary circus. Her projects flirt with hybrid fields of art, responsive creation and the pollination of ideas and practices.
Dorothy Max (Aurelius Production)
[PT]
Escritora e artista, trabalha em muitas disciplinas e gêneros, desde teatro/performance, arte ao vivo, música e instalação até narrativa de não-ficção, crítica cultural e jornalismo artístico. Tem um interesse particular em trabalhos imersivos e interativos, que são colocados fora de teatros, galerias e espaços artísticos regulares.
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[EN]
Dorothy Max Prior is a writer and artist, working across many disciplines and genres, from theatre/performance, live art, music and installation to non-fiction narrative, cultural criticism and arts journalism. She has a particular interest in immersive and interactive works that are placed outside of theatres, galleries and regular art spaces.
Duração total do evento / Estimated time
2h (1h caminhada/walk)
Participantes / Participants
Max. 20 - Inscrição obrigatória / Registration required
Info prática: Não esquecer de trazer uma planta consigo. As plantas são participantes indispensáveis desta caminhada.
Practical info: Don't forget to bring a plant with you. Plants are indispensable participants in this walk.
Dados móveis / Mobile data
No / Não
Idioma / Language
Português / English
Local de encontro / Meeting Point
Porta do Jardim Botânico / Entrance to Jardim Botânico